NOTA DE REPÚDIO AO FECHAMENTO DE UNIDADES ESCOLARES
NOTA DE REPÚDIO AO FECHAMENTO DE UNIDADES ESCOLARES
O CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE PETRÓPOLIS, junto a organizações da sociedade civil petropolitana, movimentos de juventude e demais participantes do último encontro de discussão sobre o Papel da Escola na Educação realizado na sede do CDDH no último dia 09 de maio tornam público o repúdio a forma autoritária pela qual o atual governo municipal, em especial, à gestão da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Petrópolis que, sem nenhuma consulta às comunidades ou aos Conselhos Municipais, vem conduzindo o processo de fechamento de escolas.
Um governo democrático, antes da tomada de decisão: apresentaria a proposta e, transparentemente, seu detalhamento e justificativas; consultoria e, portanto, dialogaria com a comunidade envolvida, que é diretamente afetada pela decisão – estudantes, pais e mães, professores e professoras, servidores e servidoras técnico administrativos, diretores e diretoras e os Conselhos Municipais dedicados à educação.
A falta de estrutura para o atendimento a um número maior de alunos não pode ser argumento para o fechamento de escolas e para a transferência de estudantes.
Lamentamos que se apresente na mídia local a explicação genérica sobre a potencial destinação posterior dos prédios escolares desocupados a outros usos públicos, porque evidencia ainda mais o imediatismo e, portanto, a falta de planejamento, que é inadmissível aos gestores públicos. Mesmo que fosse plausível, legítimo e admissível que, na gestão pública do sistema educacional, as decisões fossem pautadas pela economia de recursos, a modificação do atendimento nas unidades escolares deve ser discutida com aqueles que são interessados e envolvidos neste atendimento.
Repudiamos, portanto, o processo em sua íntegra devido ao completo desrespeito à população em geral e às comunidades afetadas pela decisão que têm manifestado sua indignação frente à autoritária decisão, voltada à economia de gastos públicos, num campo que se constitui incontestavelmente num dos mais importantes investimentos que a nação pode fazer em relação ao seu futuro. As escolas são do povo e não do governo.
Felizmente, a mobilização das comunidades e dos familiares das crianças e jovens que têm direito a essa educação de qualidade, próxima de suas residências e constituídas a partir da luta da comunidade têm surtido o efeito de garantir, ainda que temporariamente, o atendimento nestes importantes equipamentos públicos.
Esperamos que esta arbitrariedade seja revista e que seja fechado, mantido ou remanejado tudo aquilo que for construído a partir da participação do corpo técnico da Secretaria Municipal de Educação, Conselheiros Municipais e Comunidade Escolar (pais, alunos, professores e comunidade da escola).
Assinam esta nota;
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Alunas do penúltimo e último período de Serviço Social da Unopar
- Associação Petropolitana dos Estudantes (APE)
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Movimento por uma Universidade Popular (MUP)