15 de fevereiro – lembrança de uma tragédia.
       -por Carla de Carvalho Almeida da Silva

Datas são marcantes.  Aniversário de casamento, nascimento de filhos, data da adoção de pets… cada um comemora a sua do seu jeito, assim como lida com as datas tristes, de recordações dolorosas, de pessoas que se foram, de momentos ruins, de dores que apertam o peito.
As datas comemorativas são pensadas e planejadas com antecedência. Preparações para a comemoração são feitas ao longo de períodos e podem ser presenciais ou virtuais, mas são preparadas.   
As datas das dores e lembranças ruins começam a tomar conta de nosso estado mental ao que se aproximam, certo?
Não… Nem sempre… Muitas vezes, qualquer sinal de situação parecida que possa ocorrer nos dispara o coração, seca a boca, aumenta a pressão, desanda o desespero e nos traz à tona todo o sofrimento vivido e a possibilidade de vive-lo novamente.
Ontem, dia 14/02, o prefeito da cidade, junto à meteorologista e do Secretário de Defesa Civil estavam juntos em um vídeo no Instagram falando da aproximação de chuvas fortes, das formas de prevenção…   Claro que disparamos o vídeo. Divulgamos o quanto possível, mas qual é a sensação? 
Não se descansa, não se acalma, não se relaxa, mesmo em uma Quarta-Feira de Cinzas.  Não se relaxa em dia nenhum.  Qualquer chuva desespera.  Alertas da Defesa civil disparam tudo quanto é sensação. Nenhuma positiva.
Portanto, hoje, dia 15 de fevereiro de 2024, ficam nossos sentimentos aos que perderam entes queridos, aos que perderam bens materiais e parte de sua história, aos que perderam amigos e aos que perderam o sossego e a positividade de reconstruir.  
Fica hoje nossa força aos afetados de maneira mais profunda e nossa vontade de superarmos este cenário que machuca tanto, não nos permitindo esquecer o 15 de fevereiro em nenhum outro dia de chuva nesta cidade.

 Pedagoga – Especializada em Gestão de Pessoas e Viabilidade de Projetos, em Psicopedagogia Clínica e Institucional e participante da equipe técnica do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis desde 2010.

Categories
tags

No responses yet

Deixe um comentário